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segunda-feira, 26 de fevereiro de 2024

Palestra pública no centro espírita nova vida.


Na visão espírita, o livre-arbítrio é um conceito fundamental que está intrinsecamente ligado ao processo de evolução espiritual. De acordo com a doutrina espírita codificada por Allan Kardec, o livre-arbítrio refere-se à capacidade do ser humano de fazer escolhas conscientes e assumir as consequências dessas escolhas.

Segundo o Espiritismo, os espíritos são seres em evolução, que passam por diversas encarnações com o objetivo de aprimorar-se moral e intelectualmente. Durante essas encarnações, eles têm a liberdade de escolher entre o bem e o mal, entre o progresso espiritual e a estagnação. Essas escolhas são fundamentais para o aprendizado e o crescimento do espírito.

No entanto, o livre-arbítrio não significa total liberdade absoluta, pois as escolhas individuais estão sujeitas às leis naturais e espirituais que regem o universo, como a lei de causa e efeito, também conhecida como lei do carma. Isso significa que cada ação gera uma reação correspondente, e as consequências de nossas escolhas estão diretamente ligadas às nossas ações passadas e presentes.

Além disso, na visão espírita, a liberdade de escolha não é apenas individual, mas também coletiva. Nossas ações e decisões podem afetar não apenas a nós mesmos, mas também outras pessoas e o ambiente ao nosso redor. Portanto, é importante considerar não apenas o nosso próprio bem-estar, mas também o bem-estar dos outros ao fazer escolhas.

Em resumo, na visão espírita, o livre-arbítrio é uma dádiva que nos permite moldar nosso destino espiritual através de nossas escolhas e ações, mas também nos responsabiliza pelas consequências dessas escolhas, tanto para nós mesmos quanto para os outros. É um princípio que enfatiza a importância do autoconhecimento, do discernimento moral e do amor ao próximo no processo de evolução espiritual.

 

terça-feira, 20 de fevereiro de 2024

Palestra pública no centro espírita nova vida.


Na ótica espírita, o personagem Estevão é conhecido como Santo Estêvão e é venerado como um dos primeiros mártires do cristianismo. Sua história é narrada no Novo Testamento, especificamente no livro de Atos dos Apóstolos. Estêvão foi um dos sete homens escolhidos pelos apóstolos para servir às mesas e cuidar das necessidades dos necessitados na comunidade cristã primitiva em Jerusalém.

Segundo a narrativa bíblica, Estêvão era conhecido por sua fé inabalável e sua capacidade de realizar milagres e pregar com poder. No entanto, ele enfrentou oposição e acusações dos líderes religiosos judaicos por sua mensagem sobre Jesus Cristo. Ele foi levado diante do Sinédrio, onde fez um poderoso discurso defendendo sua fé e apontando a rejeição histórica do povo de Israel aos profetas enviados por Deus.

O momento mais significativo na vida de Estêvão na narrativa bíblica é o seu martírio. Ele foi apedrejado até a morte por uma multidão enfurecida, sendo o primeiro mártir cristão registrado. No entanto, antes de morrer, Estêvão teve uma visão do céu e viu Jesus à direita de Deus, o que fortaleceu sua fé até o fim.

Na perspectiva espírita, Estêvão é visto como um exemplo de coragem, fé e perdão diante da perseguição e da injustiça. Sua disposição em enfrentar a morte por sua fé é considerada uma manifestação do seu avançado estado espiritual e sua compreensão dos princípios espirituais subjacentes à vida e à morte. Ele é visto como um exemplo de como enfrentar as adversidades com serenidade e confiança na justiça divina, mesmo diante das dificuldades mais extremas.

 

segunda-feira, 5 de fevereiro de 2024

Carnaval na visão espírita.

 


É natural que queiramos saber a visão espírita sobre o carnaval. O que o Espiritismo diz sobre o assunto?

Opiniões materialistas de apoio e espiritualistas de condenação reforçam a consagrada dicotomia entre o mal e o bem, a sombra e a luz, o errado e o certo,  o material e o espiritual. A visão maniqueísta do a favor ou do contra, do conflito entre dois lados opostos, é tendência comum para registrar o posicionamento de adeptos e críticos ante a curiosa temática.

Por mais que argumentemos, eis uma questão que continuará suscitando acerbas discussões durante muito tempo, até que ela deixe de ter importância. Ainda não é a nossa situação. Falar sobre o carnaval é necessário, pois vivemos a festividade anualmente, com data marcada: a mais comemorada e outras tantas, que se prolongam no decorrer do ano em várias regiões do país e do planeta.

Para que possamos entender melhor o tema, é necessário que percebamos o seu real significado. A par de todas as movimentações de planejamentos e preparativos, ações e zelo – que denotam certa arte e cultura na apresentação de desfiles com seus carros alegóricos e foliões -, somadas as festividades de matizes diversificados, em que grupos se reúnem para comemorações sem medida, não podemos deixar de reconhecer que o carnaval é uma festa espiritual.

O culto à carne evoca tudo o que desperta materialidade, sensualidade, paixão e gozo. O forte apelo do período que antecede, acompanha e sucede o evento ao deus Mamon guarda íntima relação com o conúbio de energias entre os dois planos da vida, o físico e o extrafísico, alimentado pelos participantes, “vivos de cá e de lá”, que se deleitam em intercâmbio de fluidos materialmente imperceptíveis à maioria dos carnavalescos encarnados.

Vivemos em constante relação de intercâmbio, conectando-nos com os que nos são afins pelos pensamentos, gostos, interesses e ações. Sem que nos apercebamos, somos acompanhados por uma “nuvem de testemunhas”, que retrata nossa situação íntima.

Não cabe a análise sob a ótica de proibições ou cerceamento de vontades. Todos somos livres para fazer as escolhas que julgarmos convenientes. Porém, não podemos nos esquecer de que igualmente somos responsáveis, individual ou coletivamente, pelas opções definidas em nossa vida.

O Espiritismo não condena o carnaval, mas, também, não estimula suas festividades. Nesse período são cometidos excessos de todos os graus, com abusos e desregramentos no âmbito do sexo, das drogas, da violência; exageros que extravasam desequilíbrio e possibilitam a atuação de espíritos inferiores que se locupletam com a alimentação de fluidos densos formadores de uma ambiência espiritual de baixo teor vibratório.

 Carnaval é, de fato, uma festa espiritual. Porém, eu não quero participar dessa festa. E você?

O espírita verdadeiro pode e deve aproveitar o feriado prolongado para estudar, trabalhar, ajudar aos outros e conectar-se com o Plano Maior da Vida em elevada festividade espiritual que nos faz bem, proporcionando real alegria e plenitude ao Espírito imortal.

Fonte: Federação Espírita Brasileira.