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domingo, 18 de janeiro de 2009

Momento de Reflexão

Peneira
Certa vez, uma mãe muito preocupada com a educação de sua filha a surpreendeu, junto a um grupo de amigas, comentando acerca de uma outra amiga ausente.
O comentário naturalmente era desagradável. A mãe, então, convidou todas as meninas a seguirem com ela para a cozinha. Ali tomou de três peneiras, uma vasilha e uma porção de farinha.
Despejou a farinha na primeira peneira, de furos grandes e facilmente a farinha passou para a segunda peneira que tinha furos um pouco menores.
Agitou um pouco e a farinha caiu na terceira peneira, de malhas mais finas. Chacoalhou outra vez e a farinha finalmente caiu dentro da tigela.
A mãe tomou, então, de uma tampa e com cuidado, cobriu o recipiente para que a farinha não se espalhasse, caso um vento forte se apresentasse.
As meninas acharam aquilo tudo muito estranho e ficaram olhando, sem entender nada.
A senhora sorriu e falou, dirigindo-se especialmente para a filha:
Vamos imaginar que a farinha represente o comentário que você ouviu de alguém a respeito da sua amiga. Antes de passá-lo adiante, vamos passá-lo pelas três peneiras. Você tem certeza de que o que lhe contaram é a pura verdade?
Bem, disse a garota, certeza mesmo eu não tenho, só ouvi alguns comentários.
Se você não tem certeza, falou a mãe, a informação vazou pelos furos grandes da peneira da verdade. Agora vamos passá-la pela segunda peneira, a da caridade.
Pense, minha filha, você gostaria que dissessem de você isto que você falava a respeito da sua amiga?
Claro que não, respondeu prontamente a garota.
Então a sua história acaba de passar pelos furos da segunda peneira. Agora caiu na terceira, que se chama razão. Você acha que é necessário, que é útil passar adiante esta história?
A menina pensou um pouco,coçou a cabeça e respondeu:
Pensando bem, acho que não há nenhuma necessidade.
Pois muito bem, completou a mãe, assim como a farinha passou pelas três peneiras e ficou guardada na vasilha tampada, protegida do vento, o comentário que você ouviu, depois de passar pela peneira da verdade, da caridade e da razão, deve ficar guardado dentro de você.
Assim procedendo, você impedirá que o vento da maledicência espalhe a calúnia e traga maiores sofrimentos para sua amiga.
* * *
Antes de tecermos qualquer comentário desabonador a respeito de quem quer que seja, reflitamos: será mesmo verdade o que nos disseram?
Gostaríamos que dissessem de nós o que pretendemos contar aos outros? Será verdadeiramente útil para alguém passar adiante o que ouvimos?
Se depois de passar pelas três peneiras, concluirmos que pode não ser verdadeira a informação, ou que, em se referindo à nossa pessoa, não gostaríamos de tal comentário, ou, finalmente, se o que sabemos nada trará de construtivo, de útil a outrem, calemos.
O mal não merece comentário em tempo algum. O mal cresce na Terra porque os bons se encarregam de alardeá-lo aos quatro ventos, à conta de escândalo.
A frase: Você já sabe?, repetida tantas vezes por nossa boca, deve começar a morrer dentro de nós, quando se trate de comentar a vida alheia.
Divulguemos o mau proceder somente quando, comprovado verdadeiro, a sua divulgação possa trazer benefício a terceiros, a título de prudência ou cuidados.
Caso contrário, sejamos sempre os promotores da boa palavra, que constrói, edifica, espalha luzes onde se expresse.
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Redação do Momento Espírita, com base no cap. 25 do livro A vida ensinou, de Maria Ida Bachega Bolçone, ed. Eme.Em 14.01.2009.
Fonte: Momento Espirita (www.momento.com.br/)
Apoio: Centro Espírita Nova Vida

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